Um inesperado e bem vindo convite para passar o fim de semana na Barra do Sahy, no litoral norte de São Paulo, me tirou da frente da TV na hora do último capítulo de Maysa. De todo modo, o fim da história já era conhecido, a morte em um momento em que ela, aparentemente, tentava se safar do alcoolismo - creio que foi isso. Eu já havia ficado chocado com o comportamento distante e frio dela em relação ao filho Jayme, mostrado no penúltimo capítulo, embora ali a ficção tenha predominado sobre a realidade - li que a cena em que ela se nega a beijar o filho para não correr o risco de pegar a gripe que o incomodava foi uma licença poética do Manoel Carlos, o roteirista. O desrespeito público dela em relação ao segundo marido, o espanhol Miguel (que também não era nenhum modelo de moral), também foi surpreendente.
Se a minissérie mostrou o enorme distanciamento entre mãe e filho, a entrevista do Jayme Monjardim nas páginas amarelas de Veja, neste fim de semana, revela que ele foi muito mais grave e dolorido que o apresentado na telinha. Apesar da dureza das revelações, ao fim e ao cabo Monjardim foi generoso com a história de sua mãe e com sua memória - que como cantora está entre as melhores do país.
Esperemos por outras minisséries tão bem feitas como essa.
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