Transcrevo meu comentário na coluna Cenários, de ontem 20/1, no portal Jornal da Comunicação Corporativa (www.megabrasil.com.br)
Na avalanche de notícias e imagens sobre a posse de Barack Obama que tomará conta da mídia nesta semana, vale ressaltar uma matéria publicada na atual edição da revista TIME. “A campanha permanente”, diz o título da matéria. “Conectados por e-mail e Facebook, milhões dos apoiadores de Obama permanecem mobilizados – e se organizando para 2012”
A matéria começa (clique aqui: http://www.time.com/time/politics/article/0,8599,1871767,00.html) contando que Kenneth Richardson II, de Owings, em Maryland., considerou que o dia da vitória de Obama na eleição não era o fim do esforço dos que trabalharam em sua campanha, mas apenas o começo de uma nova empreitada. Para dar sequência ao trabalho, Kenneth fundou o Owings Grass Roots Group, que reúne centenas de pessoas que se interessam por influenciar os destinos da cidade, do Estado e do país. Reuniões nas casas dos membros e muita comunicação pela Internet são as grandes ferramentas de organização do grupo. E assim como esse, milhares de outros grupos continuam mobilizados nos Estados Unidos. Só em dezembro passado, conta a TIME, ocorreram 4 500 reuniões de grupos como o de Owings em todo os EUA.
Trata-se de uma mobilização pós-campanha inédita e fruto do entusiasmo que a campanha e a vitória de Obama provocaram, bem como da ampla utilização da Internet na sua organização. Para se medir a força que essa rede pode vir a ter, basta cotejar estes números revelados pela TIME: a lista de emails da campanha atingia 13 milhões de pessoas; 3 milhões doaram via Internet US$ 100 ou mais; 2 milhões colocaram seus perfis no site de campanha; 1,2 milhão trabalharam como voluntários. Esse mar de gente poderá ser mobilizado para pressionar congressistas para apoiar as propostas de Obama ou organizar manifestações públicas ou para medir a satisfação da população com os rumos do governo. É, sem dúvida, uma rede que agrega uma nova e poderosa variante à estrutura político/representativa dos EUA. E só poderia resultar de uma campanha carismática, inovadora e altamente tecnológica como a de Barack Obama,
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