sábado, 28 de março de 2009

MEU DEUS DO CÉU, QUE PALPITE INFELIZ !

Gordon Brown, com cara de quem não entendeu


No sábado, no Chile, o presidente Lula tentou explicar sua declaração atribuindo a "gente branca de olhos azuis" a responsabilidade pela atual crise econômica.
Disse, em entrevista, que quem perdeu emprego por causa da crise foram os trabalhadores da Europa Oriental, os latino-americanos que estão na Europa, os pobres, segundo suas palavras.

Com justificativas ou não, foi uma frase infeliz e simplista, ainda mais em uma entrevista ao lado do primeiro-ministro britânico, Gordon Brown.

A imprensa britânica disse que Brown ficou constrangido (veja aqui).
Falando em público, sem discurso para ler, Lula é sempre imprevisível.
Quando fala para o povão, seu público natural, pois dele é originário, Lula usa uma linguagem desabrida, popular, é quase sempre didático, tentando fazê-los entender o que se passa no Brasil e no Mundo. Na maioria das vezes, faz discursos tentando elevar a auto-estima de seus ouvintes, pregando as virtudes do povão. A comunicação é imediata.

Quando fala em cerimônias para empresários, políticos, acadêmicos corre o risco de dizer coisas que doem aos ouvidos dos mais letrados, justamente os da platéia, pois nem sempre domina completamente os conceitos que aborda ou tenta ensinar o padre-nosso ao vigário, o que provoca um certo desconforto.
Quando profere discursos previamente preparados por escrito, sua fala fica sem ritmo, monótona, sem ênfases, por se limitar a lê-los, sem interpretá-los. Interpretar um texto escrito exige técnica e até mesmo ensaio.

No encontro com Barack Obama, Lula estava descontraído e brincalhão e foi muito bem.
Qual terá sido a motivação para a derrapada com Gordon Brown?
Projetar-se como líder mundial dos desamparados, aproveitando a presença da mídia inglesa?
Ou foi uma inspiração repentina, sem noção das consequências?






Um comentário:

  1. Na verdade ele foi deselegante e grosso com uma autoridade de outro país, ainda mais sem saber o que disse (dois grandes dirigentes de instituições financeiras considerados pelos próprios americanos como responsáveis pelo que ocorreu são negros). Ele não cansa de se aproveitar de situações onde a mídia está, seja ela nacional ou internacional, para jogar pobres contra ricos, negros contra brancos, constantemente fomentando animosidades entre as classes sociais. Na verdade ele deveria ser mais humilde e olhar para muitos "brancos de olhos azuis" se quiser aprender a ser um estadista.
    Orlando - orlandomlopes@hotmail.com

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