segunda-feira, 18 de maio de 2009

NADA COMO O JORNALISMO INTERPRETATIVO: PORQUE OBAMA MUDOU QUANTO À GUANTÁNAMO

Na semana passada, o presidente Barack Obama ficou sob fogo da imprensa e dos chamados "democratas de esquerda" do seu partido quando seu governo anunciou que irá retomar o sistema de tribunais militares no julgamento dos prisioneiros em Guantánamo.

O tema foi tratado como um inesperado recuo em suas propostas para o caso, com gente dizendo que Obama estava se rendendo à herança deixada por Bush, o que seria decepcionante para quem foi eleito carregando tantas bandeiras democráticas e anti-bushianas.

Um texto interpretativo do jornalista Rupert Cornwell, do jornal inglês "Independent" publicado na Folha de S.Paulo de sábado passado, lança luzes sobre a decisão de Obama.

O início do texto é o seguinte:

Medida vai acelerar uma solução
RUPERT CORNWELL, DO "INDEPENDENT"
"A decisão do presidente Barack Obama de retomar o sistema de tribunais militares em Guantánamo será inevitável e corretamente definida como um recuo, termo que nenhum político aprecia. Mas, na realidade, o mais provável é que ele esteja só fazendo o melhor que pode em uma situação adversa".
E diz um pouco mais adiante:
"A Casa Branca concluiu que a solução mais prática é levar adiante os julgamentos em comissões militares reformuladas. O essencial agora é a velocidade. Como o presidente lembrou repetidas vezes, nenhum dos prisioneiros em Guantánamo foi condenado por coisa alguma até agora, ainda que diversos deles estejam detidos há seis anos ou mais. Muitos dos 241 remanescentes podem ser inocentes. Isso é uma mácula chocante para a Justiça americana, qualquer que seja a forma que ela tome nesses processos."
A íntegra do texto pode ser lida aqui por assinantes da Folha e do UOL.

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