
Os jornais foram pegos de surpresa com a iniciativa da Petrobras de criar um blog para comunicação direta com o público para tratar das questões que serão discutidas na CPI.
A estatal de petróleo publica as perguntas que recebe dos jornais e as respostas que encaminha à eles.
Algumas vezes, posta um facsímile da reportagem que foi publicada no jornal e as perguntas que recebeu e as respostas que deu para essa reportagem.
O leitor pode comparar a íntegra da resposta e o que jornal publicou dela.
O Estado de S.Paulo, Folha e Globo questionaram a Petrobras sobre as razões que a levaram a criar o blog. Ela respondeu que assim dará maior transparência às suas respostas em relação às questões em torno da CPI.
Os jornais se queixam por duas razões. Se a Petrobras postar as perguntas e respostas antes da publicação da reportagem, os concorrentes saberão o que eles estão investigando. Isso impedirá "furos" de reportagem. E os leitores terão como avaliar como o jornal tratou a informação fornecida pela empresa.
Do ponto de vista deles, os jornais tem razão de se incomodar.
Do ponto de vista da Petrobras, ela está apenas lançando mão das possibilidades de comunicação direta com o público propiciada pela Internet. Tira dos jornais o papel de intermediários exclusivos daquela informação.
O blog certamente será mantido depois da CPI, pois é um instrumento útil para as empresas e para todos que quiserem seguir o seu exemplo.
Foi mais uma iniciativa inovadora que dá um drible no oligopólio da imprensa no trato da informação. De maneira nenhuma prejudica o trabalho invesgativo que a imprensa deve fazer e é muito bem vindo. Mas dá novo espaço para as empresas e instituições lidarem com as reportagens sobre elas.
É a mídia contemporânea a que já me referi em um post anterior, que tratava do que foi discutido no 12° Congresso de Comunicação Corporativa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário