terça-feira, 2 de dezembro de 2014

PARA QUEM ACHA QUE SE DESATAM OS NÓS DA ECONOMIA COM UM PASSE DE MÁGICA

Um relato de Luís Carlos Mendonça de Barros

https://www.facebook.com/lcmb.mendonca/posts/798764850199374?pnref=story

resumo de uma reuniao de economistas de mercado
Joaquim Levy foi uma surpresa e é um nome tecnicamente muito capacitado para o Ministério da Fazenda. Levy afasta o risco de downgrade da nota soberana brasileira, dada a interlocução de Levy com as agências de rating e seu histórico no comando das finanças públicas.
Primário de 1,2% do PIB é desafiador em um contexto de atividade econômica muito fraca como será 2015.
Projeção CS é de 0,7% do PIB, considerando retorno de algumas alíquotas de maneira gradual (IPI, CIDE, IOF de operações de crédito PF) e corte de despesas (-0,2% do PIB de investimento e despesas discricionárias). Aumento da CIDE é gradual ao longo dos próximos anos, com risco de ser mais rápido em função do preço do petróleo em patamares mais baixos.
Primário acima desse patamar depende de novas fontes de receitas,e aí as possibilidades são inúmeras.
Destacou que não existe hoje nenhum mecanismo legal que possa referendar a promessa de Levy para uma trajetória do superávit primário nos próximos anos. A implantação de algo nessa linha seria positivo. Risco é que a lei orçamentária do próximo ano mantenha as cláusulas de escape (PAC e desonerações).
Atividade econômica em 2015 deve seguir bastante fraca (+0,5% do PIB), com os riscos ainda negativos. Único fator que segura a projeção em patamar positivo é a expectativa de contribuição do setor externo para o PIB, que é dependente de aumento da produção de petróleo (nos últimos anos tem dececpcionado). Outro risco negativo é o racionamento de energia.
Ainda estamos longe de um ponto de inflexao na atividade econômica nos próximos trimestres. Investimento deve seguir em terreno negativo e consumo das famílias tende a perder força adicional com a piora gradual do mercado de trabalho e o crédito ainda restritivo (segue o ajuste que já foi sinalizado pela última leitura do PIB).
Inflação seguirá bastante elevada ao longo do ano, diante da recomposição de preços administrados e câmbio mais depreciado. Nesse contexto, Copom eleva os juros até 13,00% ao ano nas próximas reuniões. Corte de juros esperado de 2016 em diante.

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