Lembram-se o trecho do artigo “A ótima avaliação de Lula” de Alberto Carlos Almeida, sociólogo e professor universitário, autor de “A Cabeça do Brasileiro”, que publiquei aqui no post "O feitiço vai se virar contra o feiticeiro?"
Ele dizia
(...)”Perder o emprego é uma experiência profundamente traumática. Em tempos de crise, mais ainda. Simplesmente porque as perspectivas de realocação no mercado de trabalho são sombrias. Será difícil o presidente persuadir os desempregados de que os Estados Unidos foram os responsáveis por sua demissão. Mais ainda, será igualmente difícil mostrar para os desempregados que a volta ao trabalho depende de medidas de Barack Obama. Por isso, não será surpresa se a popularidade Lula começar a cair em breve".
Pois ele acertou na mosca.
As pesquisas do Instituto Datafolha e da CNI/Ibope divulgadas na sexta-feira passada apontaram queda na avaliação positiva do governo de Lula.
O Datafolha apontou queda de cinco pontos percentuais na aprovação, de 70% para 65% em relação a novembro.
O Ibope informou que 73% aprovavam o governo em dezembro e agora 64%, uma queda de nove pontos.
DATAFOLHA
Segundo o Datafolha, a queda da aprovação foi reflexo da piora da crise econômica mundial.
O número de brasileiros que tomaram conhecimento da crise subiu de 72% para 81%.
Caiu de 42% para 35% a porcentagem dos que concordam com a frase do presidente de que a crise, se chegasse aqui, seria só uma marolinha.
Os que acreditam que a crise não será tão amena são agora 50% - eram 39% em novembro.
A pesquisa indicou que mais brasileiros acreditam no aumento do desemprego. Junto com a saúde, o desemprego já é apontado como o principal problema do país.
CNI/IBOPE
A crise foi o tema mais lembrado espontâneamente pelos entrevistados da pesquisa CNI/Ibope.
Em dezembro, 62% avaliavam como "ótima" ou "boa" a atuação do governo - agora só 47%.
A perspectiva de desemprego, segundo a pesquisa CNI/Ibope, é o aspecto que mais preocupa os brasileiros no momento.
Não há discurso que resista ao confronto com a realidade.
Mesmo assim, as aprovações de Lula e do governo ainda são muito altas.
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