Obama vai propor que governos gastem mais Na próxima quinta-feira, 2 de abril, começa a reuniãodo G-20. em Londres.
É o primeiro encontro formal entre presidentes das economias mais fortes do mundo e dele sairão as diretrizes que poderão acelerar ou adiar a saída da atual crise.
Os EUA, capitaneados por Barack Obama, proporão que os governos usem mais recursos públicos para estimularem a economia de seus países. A Europa deverá ser contra, pois seus comandantes acham que já gastarem demais e se forem além provocarão sérios desequilírios em seus orçamentos fiscais.
A Europa, por sua vez, insistirá em uma nova e maior regulação global dos mercados financeiros. O Brasil apoiará essa posição. Mas os EUA resistirão, defendendo regulações "caseiras", dentro das fronteiras de cada país. Os EUA são mais "livre-mercadistas" do que a Europa em matéria de regulações.
Haverá propostas contra o protecionismo no comércio mundial e a oferta de um fundo de US$ 100 bilhões para financiar as transações globais. O protecionismo tende a sufocar ainda mais os países em desenvolvimento, que dependem de exportações.
China e Rússia lançaram a proposta de criação de algo como Direitos Especiais de Saque, um sistema para substituir o dólar como moeda forte do mundo. O assunto não deverá ser discutido na reunião, mas estará na cabeça de todos os participantes. Os EUA não admitem nem pensar nisso, pois a adoção dos DES enfraqueceria sua posição financeira no mundo.
O espírito com que o presidente Lula chegará em Londres está expresso em seu artigo publicado hoje no jornal francês Le Monde.
No final desta semana, saberemos se a crise empurrou os líderes mundiais para ações em comum para salvar a economia global ou se as diferenças prevaleceram sobre as convergências.
O que contecer no G-20 impactará a vida de cada um de nós.
Vamos torcer pelo melhor.
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