
A história para quem não viu é a seguinte: em 1968, Bob Hyde (Bruce Dern), um oficial do exército americano, embarca para o Vietnã. Sally (Jane Fonda), sua mulher, vai trabalhar em um hospital de veteranos e lá se apaixona por Luke Martin (Jon Voight), um soldado que ficou paraplégico na guerra do Vietnã, namora com ele, é feliz como nunca, até a volta do marido.
Martin se torna um crítico feroz da guerra, por tudo que viu e viveu lá e faz conferências desaconselhando jovens a entrarem no Exército. Hyde, um soldado de mente conservadora, volta do Vietnã depois de ferir na perna por acidente, não aguenta a humilhação pelo motivo que o tirou do front e pelo envolvimento de sua esposa com Martin.
O filme não tem final feliz, mostra os estragos que a Guerra do Vietnã provocou na vida dos soldados norte-americanos que participaram dela.
Charles Dharapak/Associated Press

Hoje, deparei-me nas primeiras páginas da Folha de S.Paulo e O Estado de S.Paulo com essa foto de Barack Obama confraternizando-se com os soldados norte-americanos no Iraque. Uma cena absolutamente inusitada, fora dos padrões de relacionamento entre um Commander-in-Chief e a tropa. Soldados e soldadas tietes deslumbrando-se com a presença do mito/presidente Obama.
Metaforicamente, a cena lembra o abraço afetuoso do cartaz de Amargo Regresso, o soldado desencantado e sofrido acolhido em uma nova chance de felicidade. Sally era o amor, Obama é a esperança.
No filme, a felicidade não acontece e a vida dos ex-soldados se desencaminha.
Será diferente, nestes tempos de Obama? Os soldados voltarão logo para casa e conseguirão retomar bem suas vidas (os que não forem para o Afaganistão, é claro)?
Deslumbramento à parte, creio que é isso que almejam.
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