segunda-feira, 4 de maio de 2009

JUSTA HOMENAGEM À JIMMY CARTER

Merecidamente, o ex-presidente dos EUA, Jimmy Carter, recebeu a Ordem do Ipiranga, por parte do Governo de São Paulo. Na foto, ele cabou de receber a faixa da comenda das mãos do governador José Serra, em cerimônia com a presença de FHC. Carter teve um importante papel no abrandamento da sanha ditatorial dos governos militares que imperavam na América do Sul nos anos 70. Pressionou diplomaticamente contra as barbaridades que eram cometidas no Cone Sul.

Esse foi a razão pela qual recebeu a comenda paulista. No começo de seu governo, Serra ainda estava asilado nos EUA. Carter foi um dos poucos presidente americanos a exercer apenas um mandato. Suas chances de reeleição foram fragilizadas pelo fracasso da missão de resgate militar de reféns americanos na Embaixada dos EUA no Irã.

Ele foi à TV e assumiu o fracasso, eximindo todos os que participaram da operação. O fracasso deveu-se a um acúmulo de erros do exército americano encarregado da execução e planejamento da ação. E perdeu a eleição. Foi substituído pelo ex- ator Ronald Reagan, que simulou com mais competência o papel de xerife do mundo e abriu espaço para o neoliberalismo que afundou o mundo no ano passado.

Pena.

Ao invés de só voltar para casa, Carter, que ainda vive como um modesto plantador de amendoins, em Plains, na Geórgia, passou a ser enviado especial para missões de paz ao redor do mundo e monitoramento da legalidade de eleições em países conturbados.

Ironicamente, muitos nos EUA dizem que ele é o melhor ex-presidente que os EUA jamais tiveram.

É uma injustiça. Muita gente tem a agradecer ao seu ativismo anti-ditaduras durante sua passagem pela Casa Branca, inclusive o presidente Lula, que também o recebeu em Brasília.

Mas não houve homenagens na Capital Federal.

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