Contém uma idéia de renovação interessante.
Acontece que os eleitores não têm contrôle sobre as listas de candidatos construídas pelos partidos. E os atuais parlamentares certamente estarão todos com seus nomes nas listas.
Outro ponto: a prática mostra que, naturalmente, 50% dos parlamentares não são reeleitos. Mas quem garante que os novos não adotarão rapidamente os seus vícios?
No atual sistema eleitoral, o eleitor tem que correr atrás de informação sobre quem é quem e o que faz e já fez na vida política e privada.
E se não encontrar ninguém que lhe agrade teria que anular o voto para o Congresso.
O Congresso é parte fundamental de qualquer sistema democrático. Qualquer atitude do eleitorado não deve ser no sentido de destruí-lo, mas de melhorá-lo.
A circulação da proposta acima é sinal de que as pessoas estão discutindo como fazer isso.
Há duas propostas no ar, nascidas no Congresso, pretensamente apresentadas com esse objetivo: a do voto em lista fechada de candidatos, montada pelos partidos e a de financiamento público das eleições.
A primeira tem recebido muitas críticas contra e a favor.
Ela teria o mérito de consolidar as propostas políticas dos partidos, dando-lhes uma cara ideológica mais definida, o que seria bom.
Mas daria total poder de escolha dos candidatos às cúpulas dos partidos, afastando o eleitor dessa decisão. E nada garante que essas cúpulas não escolham candidatos ruins, mantendo a má qualidade da representação política. Neste caso, não haveria nenhum avanço.
O financiamento público é interessante, pois barateia as eleições e pode afastar o peso das contribuições de grandes empresas e grupos com o objetivo de defender seus interesses. Mas precisarão ser evitadas as contribuições via Caixa 2. Como fazer isso?
Enfim, qualquer modificação tem prós e contras.
O importante é discutir as alternativas e implementá-las. Mas a sociedade precisa participar ativamente, não pode deixar o tema só na mão dos políticos, porque dificilmente eles deixarão de
fazer escolhas em causa própria.
Abaixo às listas!!! É a última coisa que falta para o Congresso se fechar no autismo que lhe é peculiar.
ResponderExcluirA propósito, hoje ouvi no rádio que algo em torno de 70% dos deputados gastou exatamente os R$90.000,00 de verba "indenizatória" a que tem direito por semestre (se não gastarem os R$15.000,00 mensais, acumula para o mês seguinte!!!) em algum dos 4 semestres passados e que mais de 50 fizeram a mágca de acertar nos centavos em todos os 4!!! Haja coincidência...