terça-feira, 19 de maio de 2009

O DEBATE ELEITORAL JÁ CIRCULA PELA INTERNET

Este panfleto eletrônico está circulando na Internet.

Contém uma idéia de renovação interessante.

Acontece que os eleitores não têm contrôle sobre as listas de candidatos construídas pelos partidos. E os atuais parlamentares certamente estarão todos com seus nomes nas listas.

Outro ponto: a prática mostra que, naturalmente, 50% dos parlamentares não são reeleitos. Mas quem garante que os novos não adotarão rapidamente os seus vícios?

No atual sistema eleitoral, o eleitor tem que correr atrás de informação sobre quem é quem e o que faz e já fez na vida política e privada.

E se não encontrar ninguém que lhe agrade teria que anular o voto para o Congresso.

O Congresso é parte fundamental de qualquer sistema democrático. Qualquer atitude do eleitorado não deve ser no sentido de destruí-lo, mas de melhorá-lo.

A circulação da proposta acima é sinal de que as pessoas estão discutindo como fazer isso.

Há duas propostas no ar, nascidas no Congresso, pretensamente apresentadas com esse objetivo: a do voto em lista fechada de candidatos, montada pelos partidos e a de financiamento público das eleições.

A primeira tem recebido muitas críticas contra e a favor.

Ela teria o mérito de consolidar as propostas políticas dos partidos, dando-lhes uma cara ideológica mais definida, o que seria bom.

Mas daria total poder de escolha dos candidatos às cúpulas dos partidos, afastando o eleitor dessa decisão. E nada garante que essas cúpulas não escolham candidatos ruins, mantendo a má qualidade da representação política. Neste caso, não haveria nenhum avanço.

O financiamento público é interessante, pois barateia as eleições e pode afastar o peso das contribuições de grandes empresas e grupos com o objetivo de defender seus interesses. Mas precisarão ser evitadas as contribuições via Caixa 2. Como fazer isso?

Enfim, qualquer modificação tem prós e contras.

O importante é discutir as alternativas e implementá-las. Mas a sociedade precisa participar ativamente, não pode deixar o tema só na mão dos políticos, porque dificilmente eles deixarão de
fazer escolhas em causa própria.

Um comentário:

  1. Abaixo às listas!!! É a última coisa que falta para o Congresso se fechar no autismo que lhe é peculiar.
    A propósito, hoje ouvi no rádio que algo em torno de 70% dos deputados gastou exatamente os R$90.000,00 de verba "indenizatória" a que tem direito por semestre (se não gastarem os R$15.000,00 mensais, acumula para o mês seguinte!!!) em algum dos 4 semestres passados e que mais de 50 fizeram a mágca de acertar nos centavos em todos os 4!!! Haja coincidência...

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