Saiu o DVD do premiadíssimo Milk(vários Oscars), com Sean Penn e, finalmente, assisti o filme.Diz uma das sinopses do filme:
"Drama biográfico sobre Harvey Milk, primeiro candidato gay oficialmente eleito (vereador em São Francisco) no estado da Califórnia. A vida de Milk mudou a história, e sua coragem mudou vidas. No início dos anos 1970, era um nova-iorquino que resolveu viver em São Francisco com o namorado, abrindo a pequena loja de revelação fotográfica Castro Camera num bairro operário. Milk surpreendeu a todos ao se tornar um verdadeiro agente de mudanças. Numa época em que o preconceito e a violência contra homossexuais eram aceitos abertamente como norma, Milk buscou direitos iguais e oportunidades para todos, mergulhando de cabeça nas turbulentas águas da política."
Em plena briga contra a ditadura no Brasil, muitos de nós certamente não prestamos a atenção nessa história, até porque não lembro de que tenha repercutido na imprensa brasileira. Não se prestava muita atenção em temas gays por aqui, pelo menos na esquerda. O fato é que o movimento libertário liderado por Milk foi de enorme importância para todas as minorias oprimidas que lutavam por seus direitos civis nos EUA, na época. O filme mostra isso.
Os bônus (extras) do DVD, aos quais quem assistiu o filme no cinema não teve acesso, são muito interessantes. Vários importantes protagonistas da história são entrevistados e alguns até participaram das filmagens.
Na primeira foto abaixo, vemos os personagens Cleve Jones (representada por Emile Hirsch) que vira uma espécie de segundo de Milk e Anne Kronenberg (representada por Alison Pill) que foi a organizadora das campanhas eleitorais dele. Pois os dois foram consultores do filme e Cleve Jones até fez uma ponta nele.
Na última foto, o senhor de boina, bigode e boca aberta é Frank Robinson, que foi o redator dos discursos do Milk e orgulhosamente participou das filmagens. Nas cenas de passeatas, vários dos que participaram delas nos anos 70 também fizeram questão de participar. O artista que fez vários das faixas e bandeiras das passeatas verdadeiras também produziu as que são usadas no filme.
É comovente vê-los contar a emoção que sentiram ao reviver os velhos tempos durante as filmagens. Afinal, tratava-se da vida e da luta deles.


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