quarta-feira, 3 de junho de 2009

OS DILEMAS TUCANOS DIANTE DE 2010


O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (foto) transformou nesta quarta-feira um encontro do "PSDB Mulher" em homenagem a ex-primeira-dama Ruth Cardoso em palanque político. Aproveitando a ausência dos principais nomes da legenda, como Fernando Henrique Cardoso, Aécio cobrou a definição de uma agenda eleitoral para o partido enfrentar o "pós-governo Lula" e se esforçou para mostrar afinidade com o governador de São Paulo, José Serra --seu adversário na disputa pelo nome tucano em 2010.

Quanto à indefinição da agenda eleitoral do partido, vale ler o editorial de O Estado de S. Paulo, do último dia 2 de junho, sob o título "O aturdimento do PSDB":

"A reportagem no Estado de domingo, Para voltar ao poder, PSDB aposta até na neurociência, é um retrato desalentador da desorientação que os anos Lula infligiram à legenda oposicionista que em dias melhores se distinguia por reunir um patrimônio intelectual incomum para os padrões partidários nacionais. Com dois presidenciáveis de peso, o governador paulista José Serra e o seu colega mineiro Aécio Neves, mas desprovido de "discurso", o sinônimo corrente de mensagem, os tucanos também tateiam em busca de um caminho para chegar ao eleitorado que decidirá a sorte da sucessão de 2010 - os 58 milhões de brasileiros, ou 45% do total de votantes potenciais, que podem escolher tanto um candidato do PT como do PSDB, segundo as pesquisas.

Em português claro, os tucanos não sabem nem o que dizer nem como dizê-lo".

A íntegra do editorial pode ser lida aqui. Vale a pena.

Nesta quarta-feira, 3 de junho, Aécio pelo menos reconheceu que as chances de José Serra ser o candidato do partido às eleições presidenciais do próximo ano são maiores do que a candidatura dele próprio. "A probabilidade de o Serra ser candidato hoje é maior do que a de eu ser candidato", disse em entrevista ao programa 3 a 1, da TV Brasil, que vai ao ar nesta quarta às 22 horas. "Vou apoiar o candidato que as bases do meu partido escolher. Se o Serra for candidato, serei o mais dedicado soldado do partido."

A tarefa dos tucanos e de Serra, se ele for mesmo o candidato, não será nada fácil.

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