
Deu na Folha de S.Paulo:
Cúpula promete corte para limitar aquecimento a 2°C
Meta de reduzir emissões em 50% até 2050, porém, é ocultada em documento
Lula e Obama dizem querer chegar a acordo mútuo para tentar estimular consenso global; novo tratado deve ser assinado em dezembro
CLÓVIS ROSSI, ENVIADO ESPECIAL A ÁQUILA
As 17 maiores economias do mundo, também os maiores poluidores, salvaram parcialmente a face das negociações climáticas, ao colocar no papel a meta de conter em no máximo 2° Celsius o aumento da temperatura global em relação aos níveis da era pré-industrial. É o teto que uma ampla base de cientistas considera o máximo para evitar consequências catastróficas para o planeta.
"É um avanço", diz o principal negociador brasileiro para a discussão da mudança climática, o embaixador Luiz Alberto Figueiredo Machado.Mesmo com esse teto, diz Machado, ainda haverá impactos importantes, mas obviamente eles serão menos catastróficos do que aqueles que se seguiriam a uma elevação maior da temperatura.Para ficar no limite de 2°C, seria preciso reduzir à metade, até 2050, o nível de emissões de gases causadores do efeito estufa, que gera o aquecimento global, em relação a 1990, calcula o embaixador brasileiro. Mesmo assim, ressalva, é um cálculo "com um grau apenas razoável de confiabilidade".Ou seja, há "níveis elevados de incerteza mas cravar 2°C é um número-guia positivo", acha Figueiredo Machado.
Eis nota com a visão do Greenpeace sobre o texto assinado em Áquila:
LULA PÕE O BRASIL COMO PARTE DO PROBLEMA DA CRISE DO CLIMA
A declaração sobre a crise do clima assinada pelos líderes das principais economias do mundo hoje, dia 9 de julho, em L'Aquila na Itália, começa com uma afirmação grandiosa. "A mudanca climática é um dos maiores desafios desta era", diz ela. Infelizmente, o resto do texto não dá qualquer pista sobre como eles pretendem enfrentá-la. O conteúdo da declaração é ora vago, ora tímido em relação aos planos dos governos de Estados Unidos, Rússia, Brasil, Inglaterra, Austrália, França, Itália, Austrália, Índia, China, México, Africa do Sul, Indonésia e Japão para combater o aquecimento global.
O texto revela também que os chefes de estado que formam o G5, grupo de economias emergentes que tem à frente Brasil, Índia e China, seguiram o caminho de seus colegas do G8, que reúne as economias desenvolvidas, e optaram por abdicar do papel de liderar o enfrentamento da crise climática. Até ontem, o G5 insistia que os países desenvolvidos, responsáveis pelo maior volume de emissões, deveriam cortá-las em até 40%. No entanto, ao assinarem um texto que não se compromete com metas de redução claras e tampouco dá números ou ordem de grandeza dos investimentos necessários para encarar a crise do clima, os governantes dos países em desenvolvimento dão mostras de que preferem, ao invés de forçar soluções, virar parte do problema.
Nice blog !!
ResponderExcluir