
Lembro vagamente que o materialismo dialético e seu subproduto, o materialismo histórico, falavam em "vitória do novo sobre o velho". Diziam que na evolução das sociedades iam se formando as circunstâncias por intermédio das quais uma velha ordem é superada pela nova, que acaba dominante.
Certamente algum leitor chegado à filosofia ou à história julgará que fiz uma simplificação grosseira de conceitos sofisticados e complexos.Cometi a ousadia de escrever isso porque na política brasileira o "velho está vencendo o novo". A fulanização dessa constatação óbvia é a figura do senador José Sarney e seu séquito, o PMDB, o combatente da ditadura que virou o ariete do fisiologismo. Triste percurso.
Mas será que o novo é mesmo novo?
Na economia até podemos dizer que o novo avança, graças às perspectivas abertas pela estabilidade proporcionada pelo Real, cujas premissas até agora têm sido respeitadas.
Mas, na política, com raríssimas exceções, ainda prevalece o velho lema de ocupar o Estado e tirar dele o máximo de vantagens, a qualquer custo.
Fico com uma pergunta na cabeça: será que a política velha não vai acabar sufocando o que ainda há de novo na economia?
Nenhum comentário:
Postar um comentário