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A notinha abaixo saiu no Painel da Folha de S.Paulo, deste domingo, 11/10.
O céu é o limite.
O mundo pode achar que o PMDB já tem muito, mas o PMDB não acha. "Hoje somos periféricos", diz um dos caciques que participaram do jantar para definir o pré-compromisso com o PT. "Num governo da Dilma nós vamos realmente participar."
A notinha dá uma dimensão da potencial fragilidade política de Dilma Roussef na Presidência da República.
Dilma não tem cacife eleitoral próprio construído ao longo de uma história de disputa de cargos executivos ou legislativos.
Concorrerá a partir de uma indicação do Presidente Lula, que está construindo uma aliança para elegê-la.
Terá votos transferidos a partir do apoio de Lula.
Terá votos obtidos a partir do apoio do PMDB.
Terá votos a partir da mobilização do PT a seu favor, partido ao qual nunca pertenceu.
Terá votos a partir da mobilização dos partidos da base aliada.
Ou seja, não é uma candidata que, a partir de uma forte história eleitoral, atrairá apoios dos partidos e setores da sociedade que desejam se colocar sob o guarda-chuva de sua força política.
Pelo contrário, é uma candidata sem força própria, cuja viabilização está sendo construída de fora para dentro, a partir de apoios solicitados, que terão um alto custo político na organização do governo.
A notinha da Folha demonstra a sede com que o PMDB irá ao pote.
O PT, sem Lula na presidência, ocupará todos os espaços possíveis e tentará impor suas concepções.
Os demais partidos também quererão seus nacos efetivos de poder.
De onde ela tirará força política para se impor a todos esses apetites?
Do apoio de Lula nos bastidores?
Ao invés de uma presidente forte, poderá ser uma presidente refém.
Eu só queria entender por que o Lula escolheu a Dilma e insiste nessa candidatura. Foi uma escolha que nem pró-forma levou em conta o partido, rompendo com a tradição. É um nome desconhecido. Não deslancha nas pesquisas... Qual é o lance aí? Vc tem algum palpite?
ResponderExcluirAbs,
silvia dias