Penélope Cruz e Pedro Almodóvar: almas gêmeas cinematográficas
Mark Harris, do New York Times, de Nova York
Mark Harris, do New York Times, de Nova York
Sentada numa suíte de hotel no East Side no começo de outubro, de frente para o diretor e escritor Pedro Almodóvar, Penélope Cruz pegou uma revista grande com papel brilhante e olhou com admiração para a foto de Uma Thurman na capa. "Ficou bom", diz ela, mostrando-a para Almodóvar, com os olhos buscando sua aprovação.
Ele se inclina para olhar, observando com entusiasmo a pose de Thurman e seus cabelos loiros curtos. "Sim, sim", diz ele para Cruz, acelerando do inglês para o espanhol enquanto sua mente começava a percorrer trechos de celulóide. "As atrizes, quando chegam perto dos 40, cortam seus cabelos. Isso sempre as faz parecer mais jovens. Lembra-se de Sharon Stone? Como ela cortou o cabelo quando tinha uns 40, 42? Ficou bom!"
Por um momento, ele parecia fascinado pela capa, à medida que a imagem de Thruman entrava em sua mente, para ser colada e indexada entre milhares de outros retratos mentais de atrizes. "É verdade", disse ele, rindo. "Sou verdadeiramente fascinado por atrizes, por tudo o que elas fazem, até pelo camarim, que é o sanctum sanctorum de qualquer atriz. E sou especialmente fascinado por atrizes que interpretam atrizes.
"O que é exatamente o que Cruz faz em "Abraços Partidos", a quarta colaboração entre ela e Almodóvar - e, segundo ela, a mais difícil. No filme, que fechou o Festival de Cinema de Nova York neste outono e estréia nos cinemas em 20 de novembro, ela interpreta Lena, amante de um homem rico, que tem a chance de realizar, por um breve momento, seu sonho há muito acalentado de se tornar uma estrela de cinema ao se envolver romanticamente com um diretor (Lluis Homar).
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