terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Santos FC: vamos construir um 2011 que supere em muito 2010

O broxante e sonolento jogo de futebol que se desenrolou no gramado de Vila Belmiro, ontem, entre Santos e Flamengo e a saudação de Elano à pequena torcida presente no Alçapão ilustraram à perfeição o momento que o Santos vive um ano depois da eleição de Luís Álvaro à presidência do clube, liderando a chapa o Santos Pode Mais.

O time de reservas do Santos que se arrastava em campo, cumprindo tabela, longe da conquista da Tríplice Coroa, fazia o ato final de um Campeonato Brasileiro em que dois acidentes de percurso desviaram-no da conquista do título do certame: a contusão de Ganso e o ato impensado de Dorival Jr. de punir Neymar além de qualquer medida razoável, que provocou sua saída do posto de técnico.

O Santos, que se recuperava das saídas de André, Robinho e Wesley, peças importantes do timaço que conquistou tudo no primeiro semestre com um futebol maravilhoso, prosseguiu com um técnico improvisado, sentiu o baque e desandou no Brasileirão – um campeonato que tinha tudo para conquistar.

A apresentação de Elano à torcida, em compensação, foi a contrapartida a esse melancólico final de campeonato e revelou, mais uma vez, o competente trabalho que a diretoria de Luís Álvaro vem realizando à frente do Santos. Repetindo a iniciativa que trouxe Robinho no começo do ano, a direção do Santos apresentou o primeiro grande reforço para as disputas do ano que vem, especialmente da Libertadores.

Plantou-se, assim, a semente de um meio de campo fantástico, com Elano, Arouca e Ganso. Quem não gostaria de ter esse trio em seu time? E a chegada de novos jogadores só está começando, indicando que 2011 promete alegrias maiores do que as do primeiro semestre deste ano.

Minha longa experiência profissional me ensinou que é árduo, trabalhoso, cheio de obstáculos e dificuldades implantar um novo projeto administrativo em instituições que passaram por uma temporada gerencial medíocre e financeiramente comprometedora como o Santos – que ainda deixou várias bombas de efeito retardado, como dívidas, penhoras, parceiros encrenqueiros, plantadas por um administrador que colocou irresponsavelmente seu próprio dinheiro no clube, já que pela sua incompetência, o crédito do Santos na praça havia virado pó.

Administrar sem dinheiro em caixa, em cima de terra arrasada, é um pesadelo, administrar de forma inovadora é pesadelo maior ainda.

Pois Luís Álvaro, assessorado pelo Grupo Guia, e por toda a diretoria, enfrentou e enfrenta o desafio, cotidianamente.

Com credibilidade, criatividade, competentes ações de marketing, engenharias financeiras, apoio de investidores que confiam na atual administração, recursos da Teisa – a empresa Terceira Estrela S.A – a diretoria teceu e está tecendo a base que permitirá a volta do futebol que encantou o mundo no primeiro semestre e nos deu o Campeonato Paulista, a Copa do Brasil e o retorno à Libertadores – um quadro bem diferente aos de 2008 e 2009, quando o Santos flertou perigosamente com a Segunda Divisão.

Mais: o Santos está investindo pesadamente no futebol feminino, de salão e conquistando títulos e mais títulos nas categorias de base. Também não se pode deixar de registrar, mais uma vez, o esforço e o investimento realizados para a permanência de Neymar no time e o encaminhamento da mesma iniciativa em relação a Ganso, que ainda não chegou a bom termo por obstáculos criados pela bomba de efeito retardado que atende pelo nome de DIS. Estivesse o Santos em outras mãos, os dois já estariam jogando além mar. Alguém duvida?

Ainda há muito por fazer, em várias áreas de vida do clube, tarefas que serão enfrentadas aos poucos. No momento, a mais importante envolve o Conselho Deliberativo e os associados. Trata-se da aprovação do novo estatuto, que dará novas e modernas ferramentas administrativas e sociais ao Santos, permitindo que o clube seja gerido de acordo com os padrões mais contemporâneos de governança corporativa, o que abrirá suas portas para maiores investimentos via o Fundo, para o qual a Teisa está sendo um passo preliminar. É por intermédio dela que a proposta de injetar cerca de R$ 40 milhões no Santos está paulatinamente se concretizando, passo a passo e cuidadosamente, como mostra a recontratação de Elano.

Mãos à obra, portanto, se há muito a fazer. Vamos construir um 2011que supere em muito 2010.

Viva o Santos!

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