sábado, 31 de janeiro de 2015

Estadistas não devem temer a palavra racionamento

Nas cerimônias em homenagem à Winston Churchil pelos 50 anos de sua morte, foi muito lembrada a frase com que ele conclamou os ingleses a enfrentarem os sacrifícios da guerra contra a Alemanha:
"Só posso oferecer-lhes sangue, trabalho, suor e lágrimas".
Sei que é um exemplo dramático, pois se tratava de um contexto de guerra mundial, mas governantes e políticos brasileiros deveriam seguir este tipo de exemplo, que mostra a fibra dos verdadeiros estadistas.
Estamos todos alarmados, preocupados e inseguros com as ameaças que nos trazem a crise d'água e de energia - e das duas juntas.
Mas nenhuma autoridade, seja nos Estados ou Brasília, tem a coragem de pronunciar a palavra racionamento ou ir à TV e apresentar um plano para gerenciar a escassez e mitigar eventuais faltas e prejuízos.
Temem ganhar um carimbo que a oposição aos seus governos vai usar contra eles na próxima campanha eleitoral. Só isso.
É a maldição do racionamento usado para superar o apagão no governo FHC.
Hoje, qualquer político que tiver a coragem de falar a verdade para a sociedade vai ganhar muito prestígio e consideração junto aos brasileiros.
Será que, algum dia, eles vão perceber isso?
O país agradeceria.

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