segunda-feira, 16 de março de 2009

SEM CORAÇÃO NÃO HAVERÁ SOLUÇÃO

Reproduzo a seguir trecho de reportagem do Jorna Nacional desta terça-feira, 16/3:

ONG tenta a paz entre israelenses e palestinos

Os integrantes do "Fórum de Famílias Enlutadas" acreditam que só a união pode fazer um futuro melhor para as novas gerações.

Em Israel, uma organização formada por palestinos e israelenses tenta mostrar a operários e estudantes que a paz entre os dois povos é possível. O novo correspondente da Rede Globo no Oriente Médio, Ari Peixoto, acompanhou o trabalho do fórum das famílias enlutadas.

"Diante de uma turma de jovens estudantes atentos, Aaron e Aisha tentam explicar a opção que fizeram e porque são iguais nas diferenças. Ele, israelense, perdeu um filho no Líbano em 1999.
Ela, palestina, viu o irmão ser morto por militares de Israel na Cisjordânia, também em 1999.

Hoje, lado a lado, e ao lado de outras pessoas como Jona, Jamil, Nir e Muhamad, percorrem o país de norte a sul. Fazem palestras em escolas, fábricas e centros comunitários israelenses e palestinos, para mostrar, principalmente aos jovens, que é possível mudar essa situação. Integrantes do "Fórum de Famílias Enlutadas", uma ONG premiada internacionalmente, acreditam que só a união pode fazer um futuro melhor para as novas gerações.

Ao todo, 500 famílias fazem parte da organização, metade palestinas, metade israelenses. Todas perderam um parente direto em algum dos muitos conflitos da região. A diferença é que, depois de chorar suas perdas, elas decidiram não alimentar sentimentos como ódio e vingança. Ao contrário, se uniram para lutar pela paz e pela reconciliação entre os dois povos".

A reportagem em vídeo pode ser vista aqui.

Na noite da segunda-feira, eu terminei de ler o livro "A cicatriz de David", de Susan Abulhawa. É uma ficção dramática que relata a história, entre 1948 e 2002, da família palestina Abulheja, da aldeia Ein Hod, ocupada pelas tropas israelenses. São páginas de amor, solidariedade, exílio, violência, sofrimento, muito sofrimento e mortes.

Certamemte do lado de Israel também há histórias de sofrimento e morte, mas não na mesma dimensão.

A existência de entidades como o Fórum de Famílias Enlutadas é uma pequena semente em busca da paz em uma terra conflagrada, onde ódio e vingança são os sentimentos que prevalecem.

A política e a diplomacia não serão suficientes para solucionar o conflito árabe-israelense.

Será preciso muita compreensão, superação, reconciliação e restauração de direitos, principalmente dos palestinos.

O coração terá que estar no centro de tudo.

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