Este próximo fim de semana promete emoções fortes na 5° Cúpula das Américas em Trinidad-Tobago, palco do primeiro encontro coletivo do "furacão" Obama, como o chama o jornal espanhol El País, com os seus colegas do continente americano.
O que prevalecerá, o pragmatismo de Lula, reconhecido como o líder potencial da porção latino-americana do continente, ou as bravatas bolivarianas/ideológicas de Chavez, acolitado por Evo Morales e cia?
As relações entre os EUA e Cuba não deverão constar da pauta oficial do encontro, mas vagarão como um ectoplasma pelas plenárias, caso prevaleça o desejo de que esse tema só seja tratado no âmbito da OEA, de onde a ilha caribenha foi expulsa há 45 anos.
Na imprensa brasileira, adianta-se que a própria Cuba não deseja que o tema seja colocado em pauta em Trinidad-Tobago e teria encarregado de Lula de garantir isso. Até porque Obama está acenando com a liberalização nas relações de seu país com Cuba, como acabar com a restrição do número de viagens para a ilha e para o envio de dólares para o país. Tanto os EUA como Cuba prefeririam que esse degelo se dê de maneira lenta, gradual e segura.
Mas quem garante que Chávez e Cia. não trombetearão suas posições pró-Cuba em todas as oportunidades que tiverem para falar? Chávez, alías, não precisa ter oportunidades, ele simplesmente põe-se a falar e sem parar, quando e como quer.
Vale a pena ver o que vai acontecer.
Para ter uma ótica diferente da latino-americana do que pode acontecer nas relações dos EUA com Cuba nos próximos tempos, é interessante ler as seguintes reportagens do El País, de Madrid:
El 'huracán' Obama apunta a Cuba (aqui)
"El Gobierno cubano usa el embargo para encubrir sus errores" (aqui).
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