quarta-feira, 3 de junho de 2009

CARLOS MINC: QUANDO A LINGUAGEM DE PALANQUE ATRAPALHA O ALCANCE DOS OBJETIVOS AMBIENTAIS MAIORES

foto Araquém Alcântara Veja Online O ministro Carlos Minc admitiu que se excedeu no discurso feito na semana passada, do alto de um carro de som da Confederação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Contag), na Esplanada dos Ministérios.

No discurso, Minc chamou os ruralistas de vigaristas, o que gerou reação no Congresso. O ministro pretende procurar a presidente da Confederação Nacional de Agricultura (CNA), senadora Kátia Abreu (DEM-GO), para buscar um entendimento com os grandes produtores rurais. Disse Minc:

"Às vezes a gente se excede, sobretudo quando está em cima de um carro de som da Contag. Eu acho que a questão principal é o entendimento. Nós fizemos um pacto histórico com a pequena agricultura, que vai ter tratamento diferenciado, mas num segundo momento vamos ter esse pacto também com a média e grande agricultura, que é fundamental para o país."

Pois é, palanque é muito perigoso. As autoridades se entusiasmam e, pronto, soltam uma impropriedade, que dá munição aos adversários.

Minc ocupa um ministério altamente sensível, de enorme importância para a aplicação de uma política de desenvolvimento que preserve o meio ambiente no Brasil. Nem a conceituadíssima Marina Silva segurou esse rojão. As pressões "desenvolvimentistas" são enormes, especialmente do agronegócio.

Minc não pode cometer erros bobos como esse. Não pode dar de bandeja argumentos para a bancada ruralista, que usará seu poder no Congresso para pressionar Lula. Nem para os ministros "desenvolvimentistas" do governo.

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