
No discurso, Minc chamou os ruralistas de vigaristas, o que gerou reação no Congresso. O ministro pretende procurar a presidente da Confederação Nacional de Agricultura (CNA), senadora Kátia Abreu (DEM-GO), para buscar um entendimento com os grandes produtores rurais. Disse Minc:
"Às vezes a gente se excede, sobretudo quando está em cima de um carro de som da Contag. Eu acho que a questão principal é o entendimento. Nós fizemos um pacto histórico com a pequena agricultura, que vai ter tratamento diferenciado, mas num segundo momento vamos ter esse pacto também com a média e grande agricultura, que é fundamental para o país."
Pois é, palanque é muito perigoso. As autoridades se entusiasmam e, pronto, soltam uma impropriedade, que dá munição aos adversários.
Minc ocupa um ministério altamente sensível, de enorme importância para a aplicação de uma política de desenvolvimento que preserve o meio ambiente no Brasil. Nem a conceituadíssima Marina Silva segurou esse rojão. As pressões "desenvolvimentistas" são enormes, especialmente do agronegócio.
Minc não pode cometer erros bobos como esse. Não pode dar de bandeja argumentos para a bancada ruralista, que usará seu poder no Congresso para pressionar Lula. Nem para os ministros "desenvolvimentistas" do governo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário