
Na manhã desta sexta-feira de feriadão, esperando longamente em uma sala de recepção de um laboratório de exames clínicos, peguei despretensiosamente um exemplar da revista TOP, uma daquelas publicações com papel couchê e muitos anúncios de coisas finas e elegantes.
Pois bem, foi uma leitura maravilhosa. E não é para menos, uma vez que o diretor editorial é o competentíssimo e inspirado Wagner Carelli, meu colega de ISTOÉ no começo dos longinquos anos 80.
Há uma entrevista, do próprio Carelli, mais do que uma entrevista um debate, com Contardo Calligaris (foto acima) sobre o seu romance "Conto de Amor", que ainda não li, mas sobre o qual fiquei curiosíssimo. Calligaris, psicanalista, italiano radicado no Brasil desde os anos 80, sólido currículo profissional e acadêmico, é articulista atilado, inteligente e inspirado na Folha de S. Paulo.
Outra matéria é um perfil e entrevista de Benício Del Toro, o porto-riquenho que protagoniza o último filme sobre Che Guevara - Che - que lhe valeu um prêmio de Melhor Ator em em Cannes. Del Toro é um caráter e tanto.
Em seguida, mais outra entrevista, com a sempre interessante e atraente Andréa Beltrão (foto abaixo) , atriz de múltiplos talentos e socialmente antenada,
que faz questão de que seus filhos estudem em escola pública para conhecerem melhor o mundo, assim como ela fez.A última que li, foi uma entrevista da jovem advogada norte-americana de ascendência afegã Mahvish Rukhsana Khan, que escreveu "Diário de Guantánamo", um lvro sobre seu trabalho em defesa dos prisioneiros confinados no presídio que os EUA mantém até hoje em Cuba e do qual Barack Obama quer se ver livre o mais rapidamente possível.
Ainda bem que tive tempo de ler tudo isso enquanto esperava. Não conhecia a revista TOP. Gostei e recomendo, pelo menos esta edição estava saborosíssima. Depois dizem que o jornalismo impresso está acabando. Calma pessoal, não é bem assim.
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