
A revista New York publica no seu último número uma reportagem de capa com o título "The Selling, and Selling, and Selling of the President".
A matéria aborda a multipla e intensa presença de mensagens do presidente Obama à sociedade norte-americana, via mídia, especialmente via a nova mídia.
Diz a revista:
"É quase um clichê dizer que Obama é um new-media president. Mas não é seu uso intenso do Facebook e do Twitter que o transforma nisso. É o fato dele ser o primeiro presidente que dispõe das oportunidades oferecidas pelas altas velocidade, densidade e variedade da mídia atual.
Com exceção de George W. Bush, todos os predecessores de Obama tinham um número limitado de oportunidades para divulgar suas mensagens, espaço limitado e momentos determinados para fazê-lo. Se os eleitores não assistissem suas coletivas de imprensa ou não lessem o jornal pela manhã, não teriam outra chance de tomar conhecimento das mensagens presidenciais.
Agora, todos nós estamos atentos, a Web provê espaço infinito sob duas formas, a nova mídia (blogs, agregadores de informações, posts originais no YouTube) e velha mídia (jornais, clips de TV), tornando possível para todos ver um discurso ou ler uma história quando querem, sem restrições de espaço e tempo.
O resultado é um horizonte vasto, difuso e multiplatafórmico horizonte de acesso à informação. E Obama é um político naturalmente multiplatafórmico: ele publicou livros e audiolivros; comanda conferências no You Tube ou pessoalmente; usa o Blackberry; é personagem de belas fotos.
Obama reconhece que, assim como um blog não pode sobreviver divulgando apenas um post por dia, uma presidência não pode sobreviver emitindo apenas uma mensagem por dia ou participando de uma coletiva de imprensa por ano. Ao contrário, ele tem que estar sempre no olho do furacão midiático".
Com exceção de George W. Bush, todos os predecessores de Obama tinham um número limitado de oportunidades para divulgar suas mensagens, espaço limitado e momentos determinados para fazê-lo. Se os eleitores não assistissem suas coletivas de imprensa ou não lessem o jornal pela manhã, não teriam outra chance de tomar conhecimento das mensagens presidenciais.
Agora, todos nós estamos atentos, a Web provê espaço infinito sob duas formas, a nova mídia (blogs, agregadores de informações, posts originais no YouTube) e velha mídia (jornais, clips de TV), tornando possível para todos ver um discurso ou ler uma história quando querem, sem restrições de espaço e tempo.
O resultado é um horizonte vasto, difuso e multiplatafórmico horizonte de acesso à informação. E Obama é um político naturalmente multiplatafórmico: ele publicou livros e audiolivros; comanda conferências no You Tube ou pessoalmente; usa o Blackberry; é personagem de belas fotos.
Obama reconhece que, assim como um blog não pode sobreviver divulgando apenas um post por dia, uma presidência não pode sobreviver emitindo apenas uma mensagem por dia ou participando de uma coletiva de imprensa por ano. Ao contrário, ele tem que estar sempre no olho do furacão midiático".
O que chama atenção é que essa multiplicidade de intervenções de Obama na mídia não é improvisada, sujeita a encontros casuais com a mídia, como ocorre nas entrevistas "quebra-queixo" comuns no Brasil, inclusive com o presidente Lula. Nada disso, elas são programas e precedidas por um intenso trabalho de pesquisa, preparação e adequação das mensagens. E mesmo quando ocorre um infeliz deslize, como no recente comentário a respeito da prisão de um professor negro, o esforço de correção do erro é milimetricamente programado.
Os EUA são tradicionalmente profissionais nesse campo e as equipes de Obama são mais ainda.
A reportagem da New York pode ser acessada por aqui.
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