quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Duas chances imperdíveis, Copa e Olimpíada

Fabiam Bimmer/AP

O Brasil está com uma chance única, aliás duas, de se projetar no cenário internacional, reforçando a exposição que já conquistou, com todos os benefícios econômicos e políticos disso.

A Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016.

Poucos países realizaram dois eventos esportivos, de repercussão mundial, tão próximos um do outro.

A vinda da Copa para o Brasil era mais natural, pois somos o país do futebol, celeiro de craques para o mundo. E através de João Havelange o Brasil construiu uma forte presença na FIFA.

A da Olimpíada era mais difícil, pois não temos tradição nos esportes olímpicos. Mas parece que pesou o fato de nunca ter havido Olimpíadas na América do Sul e a boa imagem do país no momento.

Para ganhar a Olimpíada, o Brasil fez a lição de casa, como se diz, foi concorrendo, perdendo e aprendeu. Treinou com os Pan-Americanos.

E favoreceu-se pelo cartaz atual de Lula no mundo, o "cara".

Eventos desse porte, como diz a Fundação Getúlio Vargas, estimulam que um país acelere uma série de projetos de que precisa, mas que, sem eles, se diluiriam no tempo. Esse é um ganho importante.

Haverá corrupção? Sim. Mas não é motivo para não fazer os eventos. Argumentos desse tipo são paralisantes, não levam ao desenvolvimento. Fazem um país marcar passo, ao invés de crescer.

Será preciso combater a corrupção e os desperdícios do dinheiro público. É um bom exercício para a sociedade. Fortalece-a.

Há dirigentes eternos na CBF e no COB? Sim e me parece que o caso mais grave é o da CBF. Também não é motivo para a não realização dos jogos. Seus adversários precisam se fortalecer para mudar o comando dessas instituições. Só reclamar não adianta.

Com as Olimpíadas, o Rio de Janeiro terá mais uma chance de definir uma vocação, o que perdeu desde que a capital federal mudou para Brasília. À vocação para o turismo somar a de centro de esportes.

Vamos em frente, fiscalizando e discutindo tudo.

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